Qualquer tripulação de piratas que se preze precisa de um navegador, e a adaptação em live-action da Netflix de One Piece encontrou a sua própria na forma de Emily Rudd, que interpreta a membro da tripulação Nami no novo seriado.
O mangá popular do criador Eiichiro Oda já tem uma série de anime igualmente popular, mas a tentativa da Netflix marca o primeiro esforço sério em uma adaptação global em live-action. Em One Piece, os Piratas do Chapéu de Palha, com Monkey D. Luffy como capitão, encontram uma série cada vez mais incomum de amigos e inimigos, com vários deles se juntando à tripulação desde cedo. O último trailer de One Piece da Netflix indica que provavelmente seguirá um caminho semelhante, com muitas cenas diretamente recriadas.
Antes do lançamento da série em 31 de agosto, o GamesRadar+ conversou com os Chapéus de Palha sobre a nova série. Embora Mackenyu, que interpreta Zoro, tenha sido extremamente direto em suas respostas, assim como seu personagem seria, Rudd foi muito mais parecida com a própria Nami e falou bastante sobre ser a chefe, ler mapas e muito mais.
A entrevista a seguir foi levemente editada para maior clareza e concisão. Além disso, foi realizada antes da greve contínua do SAG-AFTRA, sobre a qual você pode ler mais aqui.
GamesRadar+: Obviamente, o mangá e o anime de One Piece existem há muito tempo, não é mesmo? O que você acha que torna One Piece tão duradouro?
Emily Rudd: Com certeza. Em primeiro lugar, Oda-sensei é um verdadeiro gênio e é difícil argumentar contra o gênio. Ele fez um trabalho incrível ao criar uma história que é não apenas louca, divertida e cheia de aventura, mas também muito real e com muito coração. É uma história sobre família encontrada, liberdade e perseguir seus sonhos. E acredito que esses são elementos que as pessoas podem se conectar universalmente.
Essa é a primeira tentativa real de uma adaptação em live-action. E elas são um tipo de desafio muito específico. Como você pessoalmente apresentaria isso para as pessoas?
Acredito que já foram feitas séries mais malucas. Sim, é um pouco bobo e um pouco maluco. Mas novamente, acho que algo em que realmente nos concentramos é o coração da série. É uma história realmente bonita. E acredito que é a aventura, é a diversão, mas também são histórias reais, pessoas reais. E, portanto, encontrar a versão real disso enquanto ainda mantemos o espírito original foi algo que buscamos equilibrar.
Agora, você interpreta a Nami, uma das primeiras membros da tripulação do Chapéu de Palha a se juntar. Quais são as três palavras que melhor definem a Nami para você, e por quê?
Eu diria inteligente. Acho que ela é o cérebro do grupo. Ela mantém os rapazes na linha. E ela é obviamente uma gata ladra, então ela sabe como enganar as pessoas. Eu acho que ela é protetora, não apenas dos membros da tripulação, mas também de si mesma, especialmente durante a Saga East Blue. Ela guarda alguns segredos, mantém suas cartas próximas ao peito. Então ela é protetora. E… eu diria amorosa. Mesmo quando parece que ela está fazendo algo que pode prejudicar as pessoas, o verdadeiro motivo por trás disso é o amor. Então acredito que ela é uma pessoa profundamente carinhosa. Essas três coisas.
É engraçado ouvir você dizer “inteligente” em primeiro lugar. Em preparação para esta entrevista, eu vi alguém descrevendo o relacionamento entre a Nami e o Luffy como “Luffy é o capitão, mas Nami é a chefe”. É assim que funciona.
Ah, com certeza! Ela é a única que controla o dinheiro, e eles ficam tipo “Nami, posso ter uma mesada, por favor?” E ela diz “Você ganha 20 Berries, aproveite”, e é isso. Eu adoro isso. Claro que ela é. Claro que ela está, tipo, cuidando dessas pessoas. Eles são apenas rapazes loucos e bobos.
Nami é a navegadora da tripulação. E você, como é de orientação? Você é boa com mapas ou se perde facilmente?
Na verdade, sou muito boa nisso. Eu meio que me tornei a pessoa padrão que, se estamos em uma cidade nova, as pessoas dizem “Ei, Em, você pode nos guiar?” porque eu cresci acampando. Então tínhamos os mapas de papel, e quando eu digo “acampar”, quero dizer “no meio do nada, o banheiro é um buraco no chão em algum lugar na floresta”, tipo acampamento.
Eu sempre fui a pessoa designada pela minha família para nos orientar. Então, acho que nasci para ser uma navegadora. Eu nasci para ser a Nami. Vamos dizer isso! Vou dizer isso.
Considerando o que sabemos sobre a adaptação, parece justo dizer que veremos muitas apresentações dos membros da tripulação logo no início. Mas também parece que veremos facilmente alguns dos arcos mais definidores e emocionais da Nami no mangá e no anime. Quão assustador foi isso para você? Você sabia desde o início que uma parte especialmente significativa disso dependeria de você e do seu personagem?
Oh, eu estava profundamente consciente de que isso dependeria de mim. Quero dizer, a cena que estamos abordando foi a que me transformou em fã da série. Foi o que me cativou, e lembro que na primeira vez que vi, eu estava chorando. E toda vez que a vi ou li desde então, eu choro. Eu penso nisso, choro.
Mas aquela foi a única cena da qual acho que fiquei realmente nervosa porque, como eu disse, estava brincando quando disse que nasci para interpretar a Nami, mas ela é realmente o primeiro personagem na minha carreira que eu já pensei “Ah, claro. Claro que é ela. Claro que sou eu.”
Mas essa cena, porque significa tanto não apenas para os fãs existentes, mas para mim, foi tipo “eu tenho que fazer isso direito. Eu tenho que fazer certo”. E eu realmente acredito que fizemos. Toda a equipe realmente deu o máximo naquele momento.
Estamos focando nos arcos específicos que essa adaptação está cobrindo, mas você tem um favorito?
Oh! Ok, um… Eu gosto de Enies Lobby. Quer dizer, Water Seven/Enies Lobby, obviamente, é quando eles ganham dois chapéus, e eu quero dizer, o momento da Robin em Enies Lobby… Eu adoro a Robin. Acho que se eu não pudesse escolher a Nami, escolheria a Robin. Aquele momento, para mim, ficou em segundo lugar, logo após o momento da Nami na Saga East Blue. Então, acho que é por isso que eu gosto de Enies Lobby.
É engraçado, acho que é provavelmente o número dois para mim também. O final de Alabasta sempre me emociona.
Oh, sim! Claro, é perto. É perto para muitos dos arcos, na verdade, Oda-sensei simplesmente… ele não erra. Ele não erra.
Qual foi o maior desafio de todo esse projeto para você? Foi esse momento que mencionou anteriormente? Ou algo mais?
Acho que emocionalmente, aquele momento da história da Nami foi o mais difícil. Mas achei o trabalho de dublê uma nova dificuldade. Eu cresci fazendo karatê. Tecnicamente, tenho uma faixa preta, mas eu consegui isso quando tinha uns 10/11 anos? Então, faz muito tempo desde que eu manuseei um bastão.
Portanto, me familiarizo e de uma maneira relativamente rápida, já que você filma as sequências de dublês repetidamente, e tem todas essas variáveis diferentes, pessoas vindo em sua direção. Acho que foi um desafio que eu sabia que seria um desafio, mas também foi divertido.
Então, tenho uma pergunta especialmente difícil… Quem é o membro mais poderoso da tripulação do Chapéu de Palha, na sua opinião?
Ooooooh! Estamos falando do momento atual?
Do jeito que você quiser interpretar isso…
Ok, posso dar duas respostas para isso?
Claro, pode dar duas respostas.
Obrigada! Ok, se estivermos falando do momento atual, apenas um dos Chapéus de Palha é um dos Quatro Imperadores. [pausa longa] E eu não vou dizer quem, apenas no caso.
Mas se tivermos que falar sobre a nossa tripulação, vou dizer a Nami, porque ela é a chefe, como já dissemos. Quem controla o dinheiro? Quem navega o navio? Você não chega a lugar nenhum sem ela, e não pode comprar nada sem ela. Sinto muito, mas você está preso.
Não dá para fazer nada sem a Nami!
Você não consegue fazer nada sem essa mulher, sinto muito.
O que você quer que as pessoas tirem do programa?
Acredito que meu sonho máximo é que pessoas que talvez estivessem relutantes em assistir ao anime ou ler o mangá deem uma chance ao nosso show e se apaixonem por ele da mesma forma que eu e milhões de outras pessoas se apaixonaram por One Piece, porque ele é realmente especial. E espero que os fãs existentes sintam o amor que foi colocado nele, porque houve muito amor envolvido.